Projeto BIORAINHA
O que é o projeto BioRainha?
O projeto BioRainha surge no sentido de suprir, de forma faseada, as responsabilidades do Município relacionadas com o que está previsto no Regulamento Geral de Gestão de Resíduos (RGGR), no que aos biorresíduos diz respeito, e nas metas de mitigação das alterações climáticas, nomeadamente através da implementação de medidas que:
- garantam o desvio dos biorresíduos do aterro como destino final, passando estes a ser tratados devidamente numa operação de tratamento de valorização, ao invés de uma operação de tratamento de eliminação;
- conduzam à redução de emissões de CO2;
- diminuam a pegada ambiental;
- estimulem a resiliência do município, face às alterações climáticas;
- diminuam o risco resultante das alterações climáticas para pessoas e bens.
No âmbito deste projeto, pretende-se testar soluções múltiplas de compostagem, adaptadas às diferentes realidades socio-económicas e setoriais, como base à definição da estratégia futura a implementar de forma abrangente no Município, e em detrimento da escolha de uma opção única.
Neste sentido, o BioRainha teve o seu início em 2024, focado na compostagem doméstica, com um programa piloto de capacitação com um grupo de biomunícipes voluntários. Este ano, está a ser dado seguimento ao programa de capacitação, mas de forma mais abrangente no tema e no público-alvo, com o nome “Programa de literacia para valorização de biorresíduos e agricultura urbana 2025”, passando-se a abordar, a compostagem doméstica, a comunitária e a institucional e abrangendo não só cidadãos, como também escolas, produtores locais e técnicos municipais e de juntas de freguesia, numa perspetiva integrada com a vida comunitária, a agricultura urbana e a recuperação do solo.
No que à compostagem coletiva diz respeito, tendo em conta o potencial de disseminação do envolvimento de pequenas comunidades multidisciplinares dentro do município e a economia de escala que pode ser criada por este tipo de compostagem, avançou-se com alguns pilotos. Foi neste âmbito que surgiu a 1.ª ilha ecológica do Município, situada no bairro da Praceta Infante Dom Henrique, tendo este sido selecionado devido 1) à sua localização, 2) às condições locais, 3) à proximidade a uma “Horta à Porta” que possibilita a integração futura de ambos os projetos e 4) à manifestação prévia de interesse de alguns dos seus habitantes.
Em linhas gerais, qual a estratégia do Município para as próximas etapas num curto espaço de tempo?
Compostagem de resíduos verdes e castanhos produzidos pelos serviços municipais e recolhas a pedido de privados: a serem reduzidos a estilha e integrados em espaços verdes municipais, promovendo a economia circular e aumentando a resiliência climática desses espaços.
Compostagem comunitária: criação de parcerias entre o município, juntas de freguesia, voluntários, grupos de moradores e instituições para implementar projetos de agricultura urbana cooperativa de regeneração, dotando o concelho de “laboratórios vivos” que possam constituir um exemplo nacional e internacional de sustentabilidade – no seguimento do projeto piloto da 1.ª ilha ecológica do Município na Praceta Infante Dom Henrique (*).
Compostagem doméstica: continuar a incentivar os munícipes a adotar a compostagem em casa, separando e valorizando os seus resíduos alimentares com recurso a soluções adaptadas.
Compostagem institucional: promoção de programas de valorização de biorresíduos e agricultura urbana junto de instituições, tal como escolas e lares.
Circuitos de recolha: introduzir sistemas de recolha seletiva para produtores domésticos e não-domésticos, como forma de complemento ao sistema, dando sempre prioridade às soluções de tratamento local de forma a reduzir distâncias percorridas e respetivas emissões de CO2 associadas ao transporte.
(*) este local é uma bio-refinaria de soluções climáticas, compostagem, produção de alimentos, vida comunitária e regeneração de solo urbano, onde vizinhos que não se conheciam passaram a conviver diariamente entre si num espaço que passou a chamar vida para a rua, potenciando saúde e segurança local.
Junte-se à comunidade Biomunícipes do projeto BioRainha
Se deseja participar nas ações de capacitação atualmente disponíveis e fazer parte da comunidade local de Biomunícipes, inscreva-se através do formulário online.
Gostaria que o seu bairro fosse o próximo a receber uma ilha ecológica do Município?
Venha conhecer a ilha ecológica do bairro da Praceta Infante Dom Henrique e caso esteja motivado para que o seu bairro seja o próximo a acolher uma ilha ecológica, junte um conjunto de vizinhos motivados para protagonizar ativamente a construção de um futuro melhor, indique-nos o local que propõe e envie-nos a sugestão para ambiente@mcr.pt
Orçamento Participativo Junta Freguesia de Santa Catarina – Integração no BioRainha
Se é morador da Junta de Freguesia de Santa Catarina, decorrente do Orçamento Participativo no qual foram adquiridos 140 compostores de jardim, tem ao seu dispor datas adicionais disponíveis através do formulário online específico.